Anúbis

Anúbis, o deus da morte

Anubis

Anúbis é uma divindade do Antigo Egito associada à morte e ao além. Ele era o deus responsável pela mumificação e por guiar as almas dos mortos até o submundo, onde as julgava. Geralmente é representado com o corpo de um homem e a cabeça de um chacal. Anúbis também pesava o coração dos mortos para determinar se eles eram dignos de entrar no reino dos mortos, de acordo com o seu nível de pureza. 

Anubis

Anúbis, o deus com cabeça de chacal e corpo humano, era uma figura imponente e reverenciada na mitologia egípcia. Conhecido como o guardião dos mortos, ele desempenhava um papel crucial nos ritos funerários e na jornada das almas para o além. 
Nascido da união entre Osíris e Néftis, Anúbis foi encarregado de embalsamar o corpo de seu pai após sua morte pelas mãos de Set. Com habilidade e devoção, ele preparou Osíris para a vida após a morte, estabelecendo os padrões dos rituais de mumificação que seriam seguidos por milênios. 
Anúbis era frequentemente representado com uma balança, pesando o coração dos mortos contra a pena da verdade, pertencente à deusa Maat. Se o coração fosse mais leve que a pena, a alma era considerada pura e digna de entrar no reino de Osíris. Caso contrário, era devorada por Ammit, a devoradora de almas. 
Além de seu papel nos rituais funerários, Anúbis também era visto como um protetor dos túmulos e cemitérios. Seu culto começou por volta de 3100 a.C., e ele era frequentemente invocado para proteger os mortos de saqueadores e espíritos malignos. 
Casado com a deusa funerária Anput, Anúbis teve uma filha chamada Kebechet, associada ao líquido usado na mumificação. Juntos, eles formavam uma família divina dedicada a garantir a passagem segura das almas para o além. 
Anúbis, com seu olhar vigilante e presença imponente, continua a ser uma das figuras mais fascinantes e misteriosas da mitologia egípcia, simbolizando a eterna vigilância e o cuidado com os mortos. 

Anubis

Anubis é uma das divindades mais icônicas do antigo Egito, conhecido como o deus da mumificação e do além. Representado com cabeça de chacal, Anubis era responsável por proteger os mortos e presidir os rituais de embalsamamento. Ele também desempenhava um papel crucial no julgamento das almas, ajudando na pesagem do coração, que decidia o destino eterno dos mortos. Sua figura simboliza a vigilância e a justiça no mundo dos mortos. 

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A morte na cultura do Egito Antigo tratava-se de um dos pontos mais importantes da vida de alguns; os rituais extravagantes, com enterros acompanhados de itens de luxo, além da prática de mumificações e embalsamentos, resultaram em uma passagem de veneração ao mérito em vida do falecido. 
Para verificar e justificar um rito tão crucial, a antiga religião egípcia acreditava em um deus da morte, um ser que mistura as anatomias do humano e do cachorro. Dono da passagem, Anúbis era o cão que engolia milhões, o mestre dos segredos. 
Esguio e misterioso, o deus canino é considerado o guia das almas, o deus da mumificação, do embalsamento e da vida após a morte. Segundo a religião, é Anúbis quem protege os mortos e abre caminhos para a calmaria do pós-vida. 

Anubis
Representação de Anúbis guardando um sarcófago / Crédito: Wikimedia Commons
Desde o princípio, Anúbis sempre manteve a mesma essência e aparência. Seu nome, entretanto, passou por algumas mudanças. No período anterior à chegada dos gregos, a entidade era chamada de Anpu ou Inpu e seu nome era representado por hieróglifos. 
No século 7 a.C., quando os gregos tiveram conhecimento do deus da morte, todavia, eles traduziram as nomenclaturas. Assim, a língua egípcia ganhou uma nova leitura e Anpu passou a chamar-se Anúbis. 
Ao mesmo tempo, seu formato canino foi criado ainda no período pré-dinástico, quando as imagens de chacais eram comumente associadas aos cemitérios. Dessa forma, foi fácil unir o semblante de um ser canino com a representação do deus da morte. 
Na época das primeiras dinastias do Egito, por exemplo, Anúbis era retratado como um animal completo, sem nenhuma parte humana. Sua imagem, um cachorro das orelhas ao rabo, aparece em inscrições de 3100 a 2686 a.C.

Anubis
Representação de Anúbis inteiramente animal / Crédito: Wikimedia Commons

Considerado como deus da morte desde o começo, Anúbis ganhou protagonismo no Reino Antigo, sendo conhecido como a mais importante entidade dos mortos. Ele apenas perdeu seu posto para Osíris no Reino do Meio. 
Ainda assim, os dois trabalhavam juntos. Segundo inscrições da era romana — período que remete a meados de 30 a.C —, era Anúbis quem guiava os mortos até Osíris, que, por sua vez, julgava a moral e o destino das pessoas. 
Quando Anúbis foi estudado no período ptolomaico, ele logo foi colocado no mesmo posto que Hermes, o deus grego da passagem pós-morte. Em algumas obras, inclusive, os artistas esculpiam e pintavam um Hermes com cabeça de cachorro — o novo deus era chamado de Hermanubis.

Anubis

Segundo as crenças egípcias, Anúbis era o responsável por guiar as pessoas do mundo dos vivos para a vida após a morte. Dessa forma, ele tinha um papel quase parecido com o barqueiro que levava os espíritos até o mundo inferior. 
Anúbis, entretanto, também era o juiz das almas. Conhecido como o guardião das escalas, era ele quem pesava o coração de um indivíduo para julgar se ele era digno ou não do reino dos mortos. 
Para isso, de acordo com o Livro dos Mortos, Anúbis colocava o coração de determinada pessoa de um lado da balança, enquanto uma pena fazia peso do outro lado. Dessa forma, o deus da morte poderia ditar o destino das almas. 
Caso o coração do morto fosse mais leve que a pena de avestruz, a alma poderia ascender para a existência celestial. Caso contrário, se a alma fosse mais pesada que o outro lado da balança, o indivíduo era devorado por Ammit. 

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