A comida dos faraós no Antigo Egito refletia tanto a riqueza quanto os recursos disponíveis na época. Sua dieta incluía uma variedade de alimentos, destacando-se:
Cereais: O pão, feito de trigo ou cevada, era o principal alimento, muitas vezes complementado com cerveja, que também era derivada de cereais.
Carne e peixe: Carne bovina, aves como pato e ganso, e peixes do Nilo eram consumidos, principalmente pela elite. A carne era mais cara e reservada para ocasiões especiais.
Frutas e legumes: Figuras, tâmaras, uvas, cebolas, alhos e alfaces eram comuns, além de lentilhas e favas.
Laticínios: Queijos e manteiga também faziam parte da dieta, assim como ovos.
Doces: Mel e frutas eram usados para adoçar alimentos, já que o açúcar não era conhecido.
Bebidas: A cerveja era a bebida mais consumida, enquanto o vinho era reservado para a elite.
Esses alimentos eram temperados com ervas e especiarias disponíveis na região, e, em banquetes reais, havia fartura de pratos sofisticados, refletindo o status dos faraós.
Fesikh (o peixe do Faraó) 🐠
Fesikh (ou Fiseekh) é um prato tradicional egípcio de peixe fermentado e salgado, consumido principalmente durante a celebração da Sham el-Nessim, um festival nacional que comemora a chegada da primavera, com raízes que remontam ao antigo Egito.
O fesikh é feito com um peixe conhecido como mullet (tainha), que é fermentado por várias semanas até atingir o ponto ideal de fermentação. O processo envolve a limpeza do peixe, sua secagem ao sol e, em seguida, sua conservação em barris com grandes quantidades de sal. Este método de preparo confere ao fesikh seu odor forte e característico, que muitas pessoas consideram bastante desagradável — por isso, às vezes é chamado de "o peixe fedido do faraó".
Apesar do cheiro intenso e da fermentação, o fesikh é um prato popular e tem grande importância cultural no Egito. No entanto, seu consumo requer cuidado, pois a fermentação inadequada pode resultar em intoxicação alimentar. Por esse motivo, a venda e o preparo de fesikh são regulamentados pelo governo egípcio.
As Tâmaras Egípcias 🏺
As tâmaras têm sido parte fundamental da dieta egípcia há milênios, e há várias razões pelas quais os antigos egípcios consumiam essa fruta e por que ela continua popular até hoje:
Disponibilidade e cultivo: As palmeiras que produzem tâmaras crescem abundantemente ao longo do rio Nilo, onde as condições são favoráveis ao seu cultivo. Isso fez com que as tâmaras fossem uma fonte de alimento amplamente disponível.
Valor nutricional: As tâmaras são altamente nutritivas. Elas são ricas em açúcar natural, que fornece energia rápida, além de conter fibras, vitaminas (como a vitamina A e várias do complexo B) e minerais (como potássio e magnésio). Isso era particularmente importante em uma sociedade agrária.
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