
O faraó Piankhi, também conhecido como Piye, não é um personagem fictício — ele foi um rei real e poderoso do século 8 a.C., vindo da Núbia (atual Sudão), que conquistou e reunificou o Egito, fundando a lendária 25ª Dinastia, conhecida como a dinastia dos Faraós Negros. 🌍🤎
Em inscrições no templo de Amon, em Gebel Barkal, ele deixou gravados seus feitos militares e religiosos, mostrando seu profundo respeito pelas tradições egípcias. Sua tumba, descoberta em El-Kurru, foi construída em forma de pirâmide, revelando o elo cultural entre os reinos de Kush e Kemet (nome antigo do Egito).
Piankhi é prova viva de que reis africanos de pele negra governaram com glória o Egito Antigo — uma parte da história que ainda é pouco ensinada, mas que precisa ser reconhecida. 📚✨
Fonte: Mundo Interessante
Piye: O Conquistador Núbio do Egito
Piye, também conhecido como Piankhi, foi um faraó núbio da dinastia cuxita que governou aproximadamente entre c. 747 a.C. e 716 a.C. e foi o primeiro soberano da XXV dinastia do Egito. Governante do Reino de Cuxe, ele expandiu seu domínio para o norte, conquistando o Egito e restaurando muitos aspectos da cultura tradicional egípcia, em um movimento que os historiadores chamam de "Renascença Cuxita".
No século VIII a.C., o Egito estava politicamente fragmentado, com múltiplos reis controlando diferentes regiões do país. O mais poderoso deles era Tefnakht, governante de Sais, que estabeleceu uma coalizão de líderes do Baixo Egito e tentou estender sua influência para o Alto Egito. Em resposta, Piye lançou uma campanha militar para subjugar os governantes egípcios e restaurar a ordem sob seu comando.
Segundo a famosa Estela da Vitória, descoberta em Gebel Barkal, Piye liderou suas forças desde Napata, capital de Cuxe, avançando pelo Nilo e sitiando as cidades egípcias uma a uma. Sua estratégia foi implacável: ele cercou Hermópolis e Mênfis, forçando os inimigos a se renderem. Tefnakht, percebendo que não poderia resistir, enviou mensageiros implorando pela paz e jurou lealdade a Piye. No entanto, temendo por sua segurança, Tefnakht nunca compareceu pessoalmente para prestar homenagem.
Após a vitória, Piye retornou a Napata sem se estabelecer permanentemente no Egito, confiando o governo a seus aliados e vassalos. Sua conquista, porém, marcou o início da dominação núbia sobre o Egito e lançou as bases para o governo de seus sucessores.
A ascensão de Piye e da XXV dinastia trouxe uma revalorização da cultura egípcia clássica. Os reis cuxitas se viam como restauradores da religião e das tradições do Antigo Egito. Eles patrocinaram a construção de templos e monumentos, reforçaram o culto de Amon e fortaleceram Napata como um centro religioso.
O domínio da XXV dinastia estendeu-se até a invasão assíria do Egito no final do século VII a.C., mas o legado de Piye permaneceu como um momento de reunificação e resistência africana à fragmentação política.
Fontes
Morkot, Robert G. The Black Pharaohs: Egypt's Nubian Rulers. London: The Rubicon Press, 2000.
Török, László. The Kingdom of Kush: Handbook of the Napatan-Meroitic Civilization. Leiden: Brill, 1997.
Kitchen, Kenneth A. The Third Intermediate Period in Egypt (1100–650 BC). Warminster: Aris & Phillips, 1996.
Lichtheim, Miriam. Ancient Egyptian Literature, Volume III: The Late Period. Berkeley: University of California Press, 1980.
O faraó Piankhi — também conhecido como Piiê ou Piye — foi um dos mais notáveis governantes da história do Egito antigo, especialmente por sua origem núbia e seu papel na reunificação do país sob domínio cuxita.
🏺 Quem foi Piankhi ?
Nome: Piankhi (também grafado como Piye ou Piiê)
Reinado: Aproximadamente de 751 a.C. a 716 a.C.
Dinastia: XXV dinastia egípcia, também conhecida como a dinastia dos faraós cuxitas.
Origem: Reino de Cuxe (atual Sudão), mais especificamente da cidade de Napata.
Pai: Cáchita, que iniciou a expansão núbia em direção ao Egito.
Mãe: Provavelmente Pebatjma.
Esposas: Tabiry, Abar, Khensa, Peksater.
Filhos: Incluem Taraca (que também se tornaria faraó), Xepenupete II e outros.
🛕 Conquistas e legado
Piankhi é lembrado por sua campanha militar que resultou na conquista do Egito, unificando o Alto e o Baixo Egito sob seu domínio.
Ele se apresentou como defensor do deus Amon, o que lhe garantiu apoio do clero tebano.
Sua famosa "Estela da Vitória", encontrada em Jebel Barkal, narra sua campanha e mostra líderes do Delta do Nilo se submetendo a ele.
Foi sucedido por seu irmão Xabataca, e seu filho Taraca também se tornaria um faraó importante.
Piankhi é considerado o primeiro dos chamados "faraós negros" e símbolo do poder africano no Egito Antigo.
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