set 28, 2017
Durante séculos, arqueólogos e historiadores debateram sobre como foi possível colocar em pé a Grande Pirâmide de Gizé (também chamada de Quéops), de 139 metros de altura, construída há aproximadamente 4,5 mil anos. Aparentemente, o mistério acabou e graças a um documento avaliado como o mais antigo já encontrado pelo homem.
O enigma girava em torno de como os egípcios conseguiam transportar os enormes blocos de calcário e de granito de, respectivamente, Tora e Aswan, cidades localizadas a mais de 800 quilômetros de distância de Cairo, onde foi edificado o monumento. A tradução completa do documento chamado de “Diário de Merer” explica como foi possível levar as enormes pedras até a base das construções.
As informações foram reveladas no documentário "Egypt's Great Pyramid: The New Evidence", produzido pelo canal de televisão britânico Channel 4.
Pedras foram transportadas em barcos pelo Rio Nilo
Construída para guardar o corpo do faraó Khufu (também chamado de Quéops), a Grande Pirâmide de Gizé foi a construção mais alta do planeta durante 3,8 mil anos. Estima-se que a obra tenha levado cerca de 20 anos e envolvido pelo menos 100 mil homens.
Para erguer este prédio colossal, foram usadas aproximadamente 2,3 milhões de blocos de pedra, todas oriundas de Tora e Aswan. Tais blocos, estima-se, poderiam ter até 15 toneladas cada um - o cálculo é que ao todo foram transportadas 170 mil toneladas de rochas para a construção.
De acordo com o que foi descoberto no Diário de Merer, os blocos de calcário e granito eram retirados de suas cidades de origem por barcos e transportados pelo Rio Nilo em uma série de canais construídos exatamente com a finalidade de tornar a movimentação mais eficiente.
Esses canais aportavam no ponto do rio mais próximo à construção, cerca de 10 quilômetros, e eram carregados por um tipo de esteira, no qual eram transportados “rolando” sobre faixas projetadas na medida correta para tais blocos.
O que é o documento mais antigo do mundo
Em depoimento ao documentário que revelou a informação sobre o transporte dos blocos que construíram as pirâmides, o arqueólogo Pierre Tale afirmou: “desde o dia da descoberta [do documento], foi bastante evidente que nós tínhamos o papiro mais antigo já encontrado no mundo”.
Após 4 anos de um trabalho minucioso para decifrar o texto do papiro, Tale e sua equipe chegaram à conclusão de que se trata de um diário escrito por um homem chamado Merer, que era um tipo de superintendente na obra, chefe de uma equipe de 40 marinheiros de elite.
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