Enigma resolvido
O mistério de como os pesados blocos que compõem a pirâmide de Quéops foram levados do local de corte até a construção foi desvendado pela equipe do arqueólogo americano Mark Lehner, graças aos Diários de Merer.
Como os pesados blocos que compõem a pirâmide de Quéops foram levados do local de corte até a construção? A equipe do arqueólogo americano Mark Lehner resolveu a questão no documentário “A Grande Pirâmide do Egito: A Nova Evidência”, exibido em setembro na TV britânica. A resposta está no Diário de Merer, papiro de 4.500 anos achado no porto de Wadi Al-Jarf em 2013. Segundo o texto, canais escavados uniam o rio Nilo à base da construção. Levados por barcos, os blocos cortados em Tura e Assuã eram descarregados por até 40 operários, usando trilhos de madeira sem rodas. Dali, seguiam em trenós até a obra. O diário descreve ainda os diques usados para canalizar a água do Nilo à pirâmide e o transporte de cobre ao porto – com o metal se criavam ferramentas para o corte das pedras.
Pirâmide de Quéops: canais escavados a partir do Nilo ajudaram na construção (Foto: iStockphotos)
O DIÁRIO DE MERER
23 de setembro de 2020
O DIÁRIO DE MERER é uma coleção de papiros escritos há mais de 4.500 anos, que registram as atividades diárias dos trabalhadores que participaram na construção da Grande Pirâmide de Khufu (Queóps), em Gizé. O texto foi encontrado em 2013 por uma missão francesa, sob a direção de Pierre Tallet, da Universidade de Sorbonne em uma caverna, em Wadi al-Jarf.
O texto está escrito em hieróglifo e hierático. São os mais antigos papiros com texto já encontrados. O diário de Merer é do ano 26 do reinado do faraó Khufu (Quéops), c. 2620 a 2580 a. C. O texto descreve vários meses de trabalho com o transporte de calcário, de Tora até Gizé.
Merer foi um oficial médio, com o título de inspetor. Ele era responsável por levar as pedras das pedreiras de Tora (ao sul do Cairo) para a pirâmide. As pedras eram provavelmente utilizadas no revestimento externo da pirâmide. A cada 10 dias, ocorriam duas ou três viagens entre Tura e Gizé. Cerca de 40 marinheiros trabalhavam sob seu comando. O período abrangido nos papiros se estende de julho a novembro.
Os campos nos diários estão todos dispostos ao longo da mesma linha. No topo há um cabeçalho informando o mês e a estação. Abaixo, há uma linha horizontal listando os dias do mês. Abaixo, há duas colunas verticais descrevendo o que aconteceu naquele dia. "Dia 29: o inspetor Merer passa o dia com suas tropas em Tura Sul para puxar pedras. Pernoite em Tura Sul. Dia 22: pernoite em Ra-shi-Khufu. Pela manhã, navegamos de Ra-shi-Khufu para Achet-Khufu, passaremos a noite nas capelas de Achet-Khufu."
Além de Merer, algumas outras pessoas são mencionadas nos fragmentos. O mais importante é Ankhhaf, que também é conhecido de outras fontes. Nos papiros ele é chamado de nobre (iry-pat) e supervisor de Ra-shi-Khufu, o porto de Gizé.
O diário de Merer é a primeira referência histórica que descreve a vida diária das pessoas que trabalharam na construção da pirâmide de Queóps. O arqueólogo egípcio, Zahi Hawass, descreve os textos como "a maior descoberta no Egito, no século 21." O papiro está exposto no Museu Egípcio, no Cairo.
Fonte: Ensinar História
Em 2013 foi descoberto por uma equipe de arqueólogos franceses e egípcios que realizam pesquisas na região de Wadi Al Jarf, no sudeste do Cairo, às margens do Mar Vermelho, um importante papiro. O artefato estava fragmentado e necessitou ser remontado para que o seu conteúdo pudesse ser lido. Ele foi datado como pertencente ao Antigo Reino e trata-se de um diário do cotidiano e estilo de vida dos operários que trabalharam em um porto na atual área de Wadi Al Jarf. Entretanto, estas pessoas não trabalhavam em uma atividade qualquer: eles estavam participando da construção da Grande Pirâmide do platô de Gizé, pertencente ao rei Khufu.
Diário de Merer. Foto: MSA.
O diário pertencia a um inspetor chamado Merer e ele detalhou estatísticas e questões administrativas da empreitada, a exemplo dos seguintes pontos:
☥ As pedras calcárias eram retiradas da pedreira de Torah e transportada pelo Nilo até o sítio em que estava sendo construída a pirâmide;
☥ Especificamente a equipe dele continha cerca de 200 operários;
☥ Perto da conclusão da pirâmide o foco dos construtores foi voltado para a elaboração do revestimento externo de calcário. O material utilizado durante esta fase foi extraído de uma pedreira próxima a atual cidade do Cairo e levada até o canteiro de obras através de um sistema de canais. Esta viagem durou quatro dias;
☥ O vizir Ankhaf, que também era meio irmão do rei, na época em que o diário foi escrito foi o supervisor da obra;
A Grande Pirâmide tem 138 metros e é a mais antiga mega construção em pedra do Egito. Na antiguidade foi adotada como uma das “7 Maravilhas do Mundo” (sendo a única ainda existente) e atualmente é um Patrimônio Histórico Mundial.
Dia em que o diário foi posto em exposição no Egito.
Foi descoberta documentação que comenta construção da Grande Pirâmide
15 DE AGOSTO DE 2016Em 2013 foi descoberto por uma equipe de arqueólogos franceses e egípcios que realizam pesquisas na região de Wadi Al Jarf, no sudeste do Cairo, às margens do Mar Vermelho, um importante papiro. O artefato estava fragmentado e necessitou ser remontado para que o seu conteúdo pudesse ser lido. Ele foi datado como pertencente ao Antigo Reino e trata-se de um diário do cotidiano e estilo de vida dos operários que trabalharam em um porto na atual área de Wadi Al Jarf. Entretanto, estas pessoas não trabalhavam em uma atividade qualquer: eles estavam participando da construção da Grande Pirâmide do platô de Gizé, pertencente ao rei Khufu.
Diário de Merer. Foto: MSA.
O diário pertencia a um inspetor chamado Merer e ele detalhou estatísticas e questões administrativas da empreitada, a exemplo dos seguintes pontos:
☥ As pedras calcárias eram retiradas da pedreira de Torah e transportada pelo Nilo até o sítio em que estava sendo construída a pirâmide;
☥ Especificamente a equipe dele continha cerca de 200 operários;
☥ Perto da conclusão da pirâmide o foco dos construtores foi voltado para a elaboração do revestimento externo de calcário. O material utilizado durante esta fase foi extraído de uma pedreira próxima a atual cidade do Cairo e levada até o canteiro de obras através de um sistema de canais. Esta viagem durou quatro dias;
☥ O vizir Ankhaf, que também era meio irmão do rei, na época em que o diário foi escrito foi o supervisor da obra;
A Grande Pirâmide tem 138 metros e é a mais antiga mega construção em pedra do Egito. Na antiguidade foi adotada como uma das “7 Maravilhas do Mundo” (sendo a única ainda existente) e atualmente é um Patrimônio Histórico Mundial.
Dia em que o diário foi posto em exposição no Egito.
Foto: @Pastpreservers (Twitter).
Fontes:
Ancient Logbook Documenting Great Pyramid’s Construction Unveiled. Disponível em http://www.livescience.com/55439-ancient-logbook-on-great-pyramid-unveiled.html
Acesso em 14 de agosto de 2016.
TALLET, Pierre; MAROUARD, Gregory. The harbor of Khufu on the Red Sea Coast at Wadi al-Jarf, Egypt. Near Eastern Archaeology 77:1 (2014).
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