A Esfinge é uma figura mitológica icônica, associada principalmente ao Egito Antigo. A mais famosa é a Grande Esfinge de Gizé, localizada na necrópole de Gizé, próxima às Pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos. Ela é esculpida em calcário e representa uma criatura com o corpo de leão e a cabeça humana.
Com aproximadamente 73 metros de comprimento e 20 metros de altura, a Grande Esfinge é uma das maiores e mais antigas esculturas monumentais do mundo. Sua função exata é debatida, mas acredita-se que ela servia como um guardião simbólico das tumbas reais e templos de Gizé, protegendo o sagrado local e exibindo o poder e a destruição do faraó.
Introdução
Esfinges são tradicionais figuras mitológicas com corpo de leão e cabeça humana, geralmente de algum faraó importante, como forma de homenagem ou de exaltação.
Geralmente, as esfinges eram construídas na entrada dos templos e pirâmides egípcias, como símbolo de proteção e segurança ao local, evitando que estrangeiros ou saqueadores pudessem acessar as áreas internas.
Significado Mitológico
O corpo de leão das esfinges egípcias representa a força e a imponência deste animal, que protege a entrada de templos e pirâmides. O leão é considerado o protetor dos locais sagrados. A cabeça, por sua vez, representa a inteligência e racionalidade do faraó.
Mitologicamente, a esfinge é responsável pela proteção, que é feita de forma melhor quando a força é associada e conduzida pela inteligência, sensatez e racionalidade.
É um modelo que segue a representação antropozoomórfica de deuses e figuras mitológicas, frequentemente usadas na escultura e pintura egípcia.
Esfinge Grega e Esfinge Egípcia
A esfinge também é representada na sociedade grega. No entanto, apresenta algumas diferenças em relação à egípcia. A esfinge grega tem o corpo de leão, asas de pássaro e rosto de mulher.
Na mitologia grega, as esfinges são descritas como criaturas más, traiçoeiras e impiedosas. Elas criavam enigmas e, quando não obtinham resposta, devoravam os homens que não foram capazes de responder seus questionamentos.
A esfinge egípcia era descrita como menos traiçoeira, tendo como principal função a proteção de templos e pirâmides. No entanto, o uso da violência também era feito, mas apenas quando necessário.
No decorrer do tempo, as esfinges egípcias passaram a ser associadas à violência e fúria das gregas, por conta de uma citação na tragédia grega de Sófocles, Édipo Rei.
Sófocles atribui à esfinge localizada no templo de Tebas a seguinte frase dita à Édipo: “Decifra-me ou te devoro”. A partir disso, a figura de todas as esfinges associou-se à criação de enigmas e à punição dos homens que não acertam as questões.
Esfinge de Gizé e outras esfinges egípcias
A mais conhecida esfinge egípcia é a de Gizé, localizada no planalto de Gizé, região norte do Egito e às margens do rio Nilo. Essa esfinge foi esculpida em um único bloco de pedra. Mede 20,22 metros de altura, 73,5 metros de comprimento e 19,3 metros de largura.
A escultura foi construída no período da IV Dinastia Egípcia, entre 2723 a.C. e 2563 a.C. Entre as patas do leão, encontram-se um pequeno templo e uma necrópole. Há dúvidas quanto ao faraó representado. Enquanto alguns historiadores afirmam se tratar do faraó Quéfren, outros acreditam ser Djedefré, irmão de Quéfren.
Devido ao desgaste natural, algumas partes da esfinge não podem ser mais vistas, como o nariz, uma serpente localizada na cabeça, a barba e o queixo da esfinge.
Além da escultura representada em Gizé, podem ser encontradas as esfinges que representam o Deus Amon, na cidade de Tebas, e a esfinge de Alabastro, em Mênfis.
A redescoberta da Esfinge de Gizé
Após o abandono da necrópole de Gizé, a esfinge foi soterrada pela areia até a altura dos ombros. A primeira tentativa de desenterrar a escultura ocorreu por volta de 1400 a.C., no reinado de Tutmés IV. A segunda grande escavação ocorreu no reinado de Ramsés II.
No entanto, apenas em 1817 foi realizado um trabalho de escavação e manutenção, coordenado pelos italianos. Entre 1925 e 1936, a esfinge foi completamente revelada e recebeu reparos.
Já com a estrutura bastante danificada, teve a cabeça, que estava prestes a cair, reparada. O nariz da escultura nunca foi encontrado, e várias lendas foram criadas para justificar o sumiço dessa parte da estátua. Entre elas, está a que o nariz teria sido atingido pela artilharia de Napoleão Bonaparte, que teria levado a peça à França como recordação.
O que há dentro da Esfinge ?
A Grande Esfinge de Giza, localizada no Egito, é uma das estruturas mais intrigantes e misteriosas da antiguidade. Embora sua construção date de cerca de 2500 a.C., durante o reinado do faraó Khafre, o conteúdo interno da Esfinge permanece parcialmente desconhecido. Aqui está o que se sabe:
Câmaras conhecidas:
1. Câmara do Corpo: uma câmara grande no interior do corpo da Esfinge.
2. Câmara do Peito: localizada no peito da Esfinge, contém inscrições do faraó Khafre.
3. Câmara Subterrânea: sob a Esfinge, pode ter sido usada para rituais.
Teorias e especulações:
1. Câmara Secreta: alguns acreditam que existe uma câmara oculta não descoberta.
2. Túmulo do Arquiteto: alguns pensam que a Esfinge abriga o túmulo do arquiteto que a projetou.
3. Tesouros: alguns especulam que a Esfinge contém tesouros ou artefatos valiosos.
Explorações e escavações:
1. Escavações no século XIX: revelaram câmaras e inscrições.
2. Exploração com radar e sonar (1990): sugeriu a existência de câmaras ocultas.
3. Escavações recentes (2019): descobriram uma câmara subterrânea.
Mistérios ainda não resolvidos:
1. Propósito da Esfinge: ainda não se sabe ao certo.
2. Construção: como os antigos egípcios construíram a Esfinge com tanta precisão.
3. Conteúdo interno: ainda há muito a ser descoberto.
A Esfinge continua a fascinar e intrigar. Novas descobertas e tecnologias podem ajudar a desvendar seus segredos.
Imagem: Revista Galileu, n° 110 - Setembro 2000. Artigo: Mistérios - O que falta descobrir. Tema: Conhecimento
A IDADE DA ESFINGE
Ela pode ser anterior às pirâmides
Erosão - Chuva pode ter estragado a obra
Criatura monstruosa, com corpo de leão, cabeça humana e asas, a Esfinge foi um importante tema da mitologia egípcia e mesopotâmica. Uma das representações mais antigas fica em Gizé e data do reinado de Quéfren (2520-2494 a.C.), faraó da quarta dinastia. Recentemente, o geólogo da Universidade de Boston Robert Schoch descobriu fissuras na rocha que sugerem a ação de água corrente ou da chuva. Segundo sua avaliação, a frente e um dos lados da Esfinge datam de 7000 a 5000 a.C.
São, portanto, muito mais antigas do que o restante do monumento. Schoch sugere que a Esfinge erguida durante o reinado de Quéfren foi escavada sobre um outro monumento de um período anterior. Se isso realmente ocorreu, dizem os especialistas, as pedras foram erguidas antes da construção das pirâmides e os estragos que, a princípio, se considerava resultado da ação dos ventos e tempestades de areia, foram causados pela chuva e umidade em uma época na qual o Egito não era tão árido.


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