Uma cidade considerada perdida há 3 mil anos foi encontrada na quinta-feira (8) próximo de Luxor, no Egito. Uma expedição liderada pelo arqueólogo Zahi Hawass se deparou com as ruínas, datadas do reinado de Amenófis III, e que continuou a ser usada por Tutancâmon e Aí.
É a maior cidade já encontrada no Egito e considerada a segunda maior descoberta arqueológica desde a tumba de Tutancâmon no Vale dos Reis, em 1922. As escavações começaram em setembro do ano passado na região e, em poucas semanas, os primeiros tijolos começaram a aparecer.
Paredes conservadas chegam a quase 3 metros de altura (Foto: Reprodução/Facebook Zahi Hawass)
Foram encontrados também vasos e objetos em cerâmica, anéis, amuletos e tijolos de barro com a inscrição de Amenófis III, confirmando o período que a cidade existiu. Referências históricas apontam que por lá existiram três palácios reais de Amenófis III.
Objetos bem conservados foram encontrados (Foto: Reprodução/Facebook Zahi Hawass)
O que restou das construções foi considerado em bom estado, passado tanto tempo - paredes quase completas e salas com utensílios do dia a dia. Além da área residencial, foi identificado um distrito administrativo e até uma padaria, com uma cozinha que atendia a um grande número de pessoas.
Amuletos e artigos coloridos de cerâmica resistiram ao tempo (Foto: Reprodução/Facebook Zahi Hawass)
"As ruas da cidade tinham casas, algumas com paredes de até 3 metros de altura", diz o arqueólogo. "Muitas missões estrangeiras procuraram esta cidade e nunca a encontraram", vibra Hawass.
Esqueleto com joelhos amarrados intrigou os pesquisadores (Foto: Reprodução/Facebook Zahi Hawass)
As paredes em zigue-zague são um dos raros elementos da arquitetura egípcia antiga, principalmente usadas no final da 18ª Dinastia. Um grande número de moldes de fundição para a produção de amuletos e delicados elementos decorativos mostram que a atividade industrial também era presente.
Alguns dos amuletos e artefatos encontrados na cidade (Foto: Reprodução/Facebook Zahi Hawass)
Até o sepultamento de uma vaca ou touro dentro de um quarto foi encontrado, mas não se sabe ao certo o motivo. Um esqueleto humano com os braços estendidos e restos de corda enrolada nos joelhos também intrigou os pesquisadores.
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